Passageiros quase foram tirados de cruzeiro italiano à deriva, diz capitão



Os passageiros do cruzeiro Costa Allegra chegaram a se preparar para abandonar o navio após o incêndio ocorrido a bordo na segunda-feira passada, disse nesta quinta (1º) o capitão do navio, Niccolo Alba.

"Os passageiros foram equipados para serem evacuados, botaram os coletes salvavidas e foram levados aos botes", disse Alba em entrevista, após desembarcar no porto de Mahé, a principal ilha do arquipélago de Seychelles.

Os 627 passageiros e 413 tripulantes do Costa Allegra começaram lentamente a serem desembarcados nesta quinta, após três dias à deriva.



O cruzeiro entrou no porto de Mahe às 2h de Brasília, e depois foram necessárias mais duas horas para que se aproximasse do píer.

Durante este tempo, foram desembarcadas as malas para que os passageiros pudessem sair do navio sem problemas.

Segundo as imagens das televisões italianas, primeiro desceram alguns integrantes da tripulação, que colaboraram no píer para os trabalhos de desembarque dos passageiros.

Tanto os passageiros como a tripulação desciam com tranquilidade.

A previsão é de que o desembarque dure várias horas.

No porto, foram organizados espaços para acolher os viajantes de diferentes nacionalidades, que estão sendo recebidos por representantes diplomáticos de seus países e autoridades do arquipélago das Seychelles.

Também foi instalada uma pequena tenda da Cruz Vermelha para um eventual atendimento, embora tenha sido informado que todos os viajantes estão em perfeitas condições mesmo após ter passado três dias em duras condições, a cerca de 30 graus.

Nestes dias, os viajantes dormiram ao ar livre, devido ao calor dentro do navio, se lavaram com água mineral e comeram alimentos frios.

Dois brasileiros estão a bordo, segundo o Itamaraty.

Segundo informou nesta quinta a companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio, por enquanto 376 dos 627 turistas que viajam na embarcação aceitaram a oferta de continuar suas férias por uma ou duas semanas no arquipélago, com todas as despesas pagas, assim como o voo de volta para casa.

Já os outros 251 passageiros do navio - no qual viajam dois brasileiros - decidiram voltar a seus países com voos disponibilizados pela Costa Cruzeiros.

 Está prevista para a tarde des ta quinta uma entrevista coletiva dos responsáveis da Costa Cruzeiros e das autoridades da região, além dos diplomatas italianos - país com o maior número de passageiros -, que coordenam as tarefas de acolhimento.

O incêndio no Costa Allegra aconteceu um mês e meio depois do naufrágio do Costa Concordia - também propriedade da Costa Cruzeiros - em frente à ilha italiana de Giglio, que deixou 25 mortos e sete desaparecidos.

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