A empresa Costa Cruzeiros, dona do navio Costa Concordia que naufragou na Itália no dia 13 de janeiro, ofereceu nesta sexta-feira pagar 11 mil euros (cerca de R$ 25,3 mil) para cada passageiro como compensação por perda de bagagem e traumas psicológicos.
O anúncio sobre o valor das compensações foi feito após um dia de negociações entre a Costa Cruzeiros e representantes de 3.206 indivíduos de 61 países, que não ficaram feridos nem tiveram parentes mortos no naufrágio.
A companhia também afirmou que vai reembolsar a passagem, gastos médicos e demais despesas de todos os passageiros, estimadas em 3 mil euros (R$ 6,9 mil).
Tanto os passageiros quanto os tripulantes do navio estão livres para processar a empresa se não estiverem satisfeitos com o acordo. Um grupo de consumidores que participou das negociações estima que 85% de seus clientes vão aderir.
"É um acordo histórico, que põe o ponto final em um episódio dramático. Uma ação resolvida fora dos tribunais e que dá um ressarcimento também pelo estresse sofrido e por férias completamente estragadas", explicou em uma nota o presidente da Associação de Defesa e a Orientação dos Consumidores (ADOC), Carlo Pileri.
Pileri afirmou que foram levados em consideração o código de turismo italiano e outras normativas internacionais, já que no cruzeiro naufragado havia passageiros de várias nacionalidades.
Mas outra associação de consumidores italiana, a Codacons, fez um apelo para que os passageiros não aceitem esta oferta, considerada uma "esmola".
Em seu site, a Codacons anunciou que processará a Costa Cruzeiros em Miami, com a ajuda de dois escritórios americanos, para pedir uma indenização de US$ 160 mil (R$ 280 mil).
"Trata-se de um acidente de gravidade inédita e todos os que estavam a bordo do navio têm o direito não apenas de serem ressarcidos pelos danos materiais ou físicos, mas também os morais, como o medo e o terror que sofreram", explicou o presidente de Codacons, Carlo Rienzi.
A Costa Cruzeiros divulgará o acordo em vários idiomas para que todos os passageiros possam aderir. A companhia se comprometeu a pagar a quantia uma semana depois que o passageiro aceitar a oferta.
Para os passageiros e tripulantes que ficaram feridos e as vítimas do naufrágio serão realizadas negociações individuais.
O Costa Concordia, no qual viajavam 4.229 pessoas, sendo 3.209 passageiros, bateu em uma rocha e tombou perto da ilha de Giglio, deixando ao menos 16 mortos. Operações de busca continuam no local.
Fonte: IG São Paulo com informações da AP, EFE e AFP Todos os direitos reservados
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